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Autor: Eduardo Fagundes

  • Lojas Americanas avança no lucro e na expansão de lojas

    As Lojas Americanas, publicou seus resultados do 1º semestre de 2011 no dia 4 agosto, mostrou um crescimento consolidado de 11,3% na receita líquida e de 20,1% no EBITDA. O lucro líquido foi de R$105,8 milhões. Anunciou também a inauguração de de mais 30 lojas.

    A empresa Lojas Americanas atua com uma estrutura de atendimento multicanal. Além da rede de lojas físicas, a Companhia atende  seus clientes com um amplo sortimento de produtos e serviços comercializados via internet, telefone, catálogos, TV e quiosques.

    A B2W – Companhia Global do Varejo, resultado da fusão entre Americanas.com e Submarino em 2006, possui um portfólio com as marcas Americanas.com, Submarino, Shoptime,  B2W Viagens,  Ingresso.com, Submarino Finance, BLOCKBUSTER® Online e MesaExpress.com.br, que oferecem mais de 35 categorias de produtos e serviços através dos canais de distribuição internet, televendas, catálogos, TV e quiosques. A participação da Lojas Americanas na B2W ao final do primeiro semestre de 2011 era de 58,87%. Merece destaque também a participação na Financeira Americanas Itaú (FAI), joint-venture com o Banco Itaú, responsável pela oferta de crédito e produtos financeiros aos clientes.

    Comparando com os resultados da loja virtual Amazon.com no mesmo período, os resultados percentuais das Lojas Americanas foram melhores. A Amazon.com teve um crescimento da receita no 1º semestre de 2011 comparado com o 1º semestre de 2010 de US$6,073 MM (US$19,770 MM em 1S2011, US$13,697 MM em 1S2010) seu custo operacional cresceu substancialmente de US$13,032 MM para US$19,247 MM, reduzindo a contribuição por ação de US$1,13 para US$0,87 na comparação dos períodos.

    Nos resultados apresentados pelas Lojas Americanas percebe-se de forma consistente a redução dos custos operacionais.

    No 1S11, as despesas com vendas, gerais e administrativas consolidadas totalizaram R$ 854,5 milhões, ou 18,2% da receita líquida (RL), contra R$ 782,6 milhões, ou 18,6% da RL, no 1S10. Na visão da controladora, as despesas com vendas, gerais e administrativas no 1S11 atingiram R$ 436,2 milhões, ou 16,3% da RL, uma redução de 0,9 p.p. (%RL) em relação ao 1S10.

    Entretanto, não existe notas explicativas sobre as ações que levam a redução das despesas operacionais. É de domínio público que em 26 de maio de 2011 que o Tribunal de Justiça (TJ-RJ) acatou o recurso proposto pelo Ministério Público (MP-RJ) para obriguar as Lojas Americanas a não negociar produtos pela Internet até a entrega de todas as mercadorias comercializadas desta forma. O MP propôs a Ação Civil Pública porque mais de 20 mil pessoas já haviam registrado queixas no site “Reclame aqui” e centenas delas, procurado a Instituição.

    Essa noticia pode sugerir que as ações de redução de custos não sejam sustentáveis e resultado de processos inovadores.

    A expansão da rede é um claro sinal que a empresa está investindo no Brasil, incluindo regiões que a empresa tem pouca participação local. Essa expansão é importante para marcar presença física nos mercados de grande crescimento.

    Para o período entre 2010 e 2013, planejamos a abertura de 400 novas lojas no Brasil.

    Atualmente, todas as lojas da Companhia estão localizadas em apenas 185 das mais de 5,5 mil cidades do país, o que demonstra a oportunidade que a Lojas Americanas tem para abrir lojas nas cidades mais distantes dos grandes centros urbanos.

    Essa expansão implica em aumentar as despesas com custos logísticos e que poderá inverter a curva descendente de custos. O relatório não mostra o impacto nas despesas operacionais com a expansão da rede de lojas. Não foi mencionado se para atender as novas localidades serão montados Centros de Distribuição para minimizar os custos de transporte.

    Outro ponto a ressaltar é que o relatório não faz nenhuma menção a projetos de sustentabilidade ambiental, embora as Lojas Americanas façam parte da carteira ICO2, Índice de Carbono Eficiente. Lojas de Varejo, físicas e virtuais, têm na sua cadeia logística o maior ofensor de emissão de gases de efeito estufa através das empresas que realizam o transporte de produtos. No futuro, a opção por empresas de transporte com caminhões menos poluidores pode representar um acréscimo nos custos operacionais.

    Receita Líquida
    No 1S11, a receita líquida consolidada atingiu R$ 4.690,3 milhões, crescimento de 11,3% em relação ao 1S10. O crescimento na visão controladora foi de 14,8%, em comparação ao 1S10;
    Receita Líquida “mesmas lojas”
    Crescimento na receita líquida “mesmas lojas” de 9% no primeiro semestre de 2011;
    Margem Bruta
    A margem bruta consolidada foi de 30,6% da receita líquida no 1S11, um crescimento de 0,6 p.p.. Na controladora, a margem bruta foi de 29,5% da receita líquida,  aumento de 1,0 p.p.;
    Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas
    As despesas com vendas, gerais e administrativas consolidadas foram de 18,2% da
    receita líquida no 1S11, uma  redução de  0,4 p.p. em relação aos 18,6% registrados no
    1S10. Na visão controladora, as despesas com vendas, gerais e administrativas foram de 16,3% da receita líquida no 1S11, uma redução de 0,9 p.p.;
    EBITDA
    O EBITDA consolidado atingiu R$ 579,5 milhões no 1S11, +20,1% em relação ao 1S10.
    Na controladora, atingiu  R$  351,6 milhões,  crescimento de  33,7% contra  o  1S10. A
    margem EBITDA consolidada foi de 12,4% da receita líquida no 1S11, um crescimento de 0,9 p.p.. Na controladora, a margem EBITDA foi de 13,2% da receita líquida, aumento de 1,9 p.p.;
    Resultado Líquido
    O  lucro líquido consolidado  atingiu  R$  105,8 milhões,  aumento de  0,1 p.p. na margem líquida consolidada ou um crescimento de 15,1%. O lucro líquido da controladora atingiu R$  95,2 milhões,  aumento de 0,1 p.p. na margem líquida da controladora ou um crescimento de 18,4%;
    B2W
    Receita  líquida de R$  2.011,3 milhões no  1S11, crescimento de  7,7%  em relação ao
    1S10;
    FAI
    A Financeira Americanas Itaú (FAI) encerra o 1S11 com cerca de 2,2 milhões de cartões emitidos e R$ 1.053,0 milhões de volume de recebíveis;
  • Investir em tecnologia ou publicidade para promover sua empresa?

    A publicidade na Internet representará 10% das verbas publicitárias em 2011 com um montante de R$3,04 bilhões, de acordo com o estudo da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau). Segundo o estudo 50% será destinado as empresas que possuem buscadores e outros 50% para áreas de display.  Para compararmos, R$3 bilhões é o faturamento total das Lojas Renner no Brasil. A questão é porque as verbas publicitárias não acompanham o crescimento da Internet. Provavelmente, pela baixa taxa de conversão. Ou seja, o retorno do investimento em publicidade online é menor do que outras mídias. O motivo está ligado as informações gratuitas sobre produtos e serviços oferecidas pelos buscadores, os mesmos que arrecadam 50% das verbas publicitárias. Nesse cenário é melhor investir em tecnologia nos sites do que em publicidade. Utilizando avançadas técnicas de SEO é possível colocar as informações de sua empresa nas primeiras páginas dos buscadores e ter a mesma ou melhor taxa de conversão do que os banners pagos.

  • Você hospedaria sua aplicação de Cloud Computing fora do Brasil?

    O resultado pesquisa indicou que 61% não hospedariam suas aplicações fora do país e 39% o fariam. Uma das razões apresentadas é a latência da rede e o alto custo.

    Existem várias empresas internacionais que oferecem serviços de Cloud Computing com elevados SLAs e preços atraentes. Com um processo de contratação simples através de cartão de crédito internacional é fácil à contratação desses serviços independente de sua localização física. Uma opção interessante é a contratação por pequenos períodos para desenvolvimento e testes de novos sistemas. Esse tipo de aplicação não compromete a confiabilidade das informações e as normas internas de processamento de produção.

    Você se arriscaria a hospedar sua aplicação fora do Brasil?

  • Você se sente habilitado a decidir sobre Cloud Computing?

    Resultado da Enquete: as opiniões foram equilibradas. 46% afirmaram que se sentem habilitados a decidir sobre cloud computing e 54% afirmaram que não estão habilitados a decidir. Acredito que o resultado seja compatível com o estágio atual de adoção da tecnologia nas empresas.

    Acredito que exista uma confusão no mercado sobre o ambiente de computação em nuvem, o Cloud Computing. Algumas pessoas confundem o velho e tradicional modelo de hospedagem de servidor em um data center como uma solução de Cloud Computing. Esse modelo tradicional não reúne as características básicas de uma solução em nuvem.

    O Gartner Group uma das mais importantes consultorias de tecnologia define cloud computing como um estilo de computação que provê serviço escalável, elástico, padronizado, compartilhado entre vários clientes, pagos por demanda e acessados através da Internet.

    Dentro deste contexto, você se sente habilitado a decisão sobre a migração do seu ambiente atual de processamento para um serviço de Cloud Computing?