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Tech & Energy Think Tank

Think tank independente com foco em energia, tecnologia e tendências globais. Análises para apoiar decisões estratégicas com visão de impacto.

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Autor: Eduardo Fagundes

  • O que o Ford Focus e o HP Proliant DL385 G7 têm em comum?

    O que o Ford Focus 2012 e o servidor HP Proliant DL385 G7 têm em comum? Conservação de energia.

    O novo Ford Focus elétrico estréia no final de 2011 nos Estados Unidos e em 2012 na Europa. O carro será alimentado por um sistema de bateria de lítio-íon com um método de resfriamento liquido para manter a bateria dentro de determinados parâmetros para prolongar a vida útil da bateria. Com isso, espera-se rodar mais de 160 quilômetros sem precisar recarregar a bateria. A Ford está desenvolvendo mais cinco veículos elétricos para lançamento nos próximos três anos. A Ford Transit Connect elétrica, uma pequena van comercial está prevista para o final do ano nos Estados Unidos.

    Ford Focus elétrico e servidor HP

    A conservação de energia é critica tanto para carros quanto para computadores. O novo servidor da HP ProLiant DL385 G7 com processador AMD Opteron 6100 economiza até 96% de energia. É possível consolidar até 23 servidores em um só. Alguns cálculos mostram que o payback pode ser de dois meses. Equipamentos mais potentes e com menor consumo. Estamos chegando numa era de poder de processamento quase ilimitado.

  • Samsung Galaxy Tab

    A Samsung lançou um novo Galaxy Tab com tela touchscreen de 7 polegadas 1024 x 600, menor que o iPad da Apple. O novo table tem o sistema operacional Android 2.2, um processador Cortex de 1.06GHz, 512 MB de memória, Quad-band GMS e tri-band HSDPA. Possui duas câmeras, uma com 3 megapixel com flash na parte de trás e uma frontal de 1,3 megapixel. A bateria suporta até 7 horas de reprodução de filmes. Tem GPS e memória flash de 16 ou 32GB.

    Samsung Galaxy Tab

    O table da Samsung concorre diretamente com o iPad e outros que vem na mesma linha. A escolha será mais pela emoção para a maioria das pessoas. Existem no mercado vários sistemas operacionais, entre eles: iPhone OS, Android, Windows Phone, Blackberry OS e Linux. O iPhone OS e Blackberry OS executam em plataformas proprietárias que oferecem as vantagens de máximo desempenho do hardware. Os sistemas operacionais têm a vantagem de operar em hardwares de múltiplos fornecedores e, consequentemente, permitir inovações constantes. Isso é atraente para os desenvolvedores de software que podem produzir mais. Embora exista o risco de seus programas não funcionarem com bom desempenho em todos os hardwares. Do ponto de vista profissional, a escolha deve ser técnica envolvendo aspectos de compatibilidade com os sistemas utilizados pela empresa e segurança. A escolha deve ser rápida porque em pouco tempo os PCs e notebooks serão a segunda opção de acesso aos dados corporativos.

  • Maturidade das Empresas de Software

    Para o setor de software no Brasil ser mais competitivo é fundamental que as empresas atinjam níveis de maturidade compatíveis com o mercado globalizado. Para o desenvolvimento de software existem normas internacionais que definem as melhores práticas através de estruturas e processos. As normas ISO/IEC 12.207 e ISO/IEC 15.504 definem os processos, propósitos, resultados, capacidade e requisitos de avaliação. O modelo CMMi segue a mesma linha definindo os níveis de maturidade de 2 a 5. Para os grandes exportadores de software devem atingir níveis de maturidade CMMi 4 e 5 para serem competitivos globalmente, independente do investimento a ser realizado. As pequenas empresas de software que representam 99% do setor devem no mínimo atingir o nível 3 do CMMi para serem competitivas no mercado local. Entretanto, para as pequenas e médias empresas o investimento em certificação é extremamente critico em um cenário onde cerca de 50% delas não ultrapassam 5 anos de vida. Por outro lado, o efeito China tem feito as empresas em geral buscarem preços mais competitivos e forçam os fornecedores a trabalharem com margens pequenas, inviabilizando investimentos em certificações. Nesse ponto entra o papel do Estado em fomentar o crescimento e aperfeiçoamento das empresas para garantir o crescimento sustentável do País. Dentro dessa linha foi criado o MPS-BR, um projeto que desenvolveu um modelo de referência nacional para a Melhoria de Processos de Software (MR-MPS) voltado para a realidade das empresas nacionais. O projeto é liderado pela Softex e apoiado pelo Governo e Universidades.

    O MPS-BR fornece uma visão geral sobre os demais guias que apóiam os processos de avaliação e de aquisição. Seus 7 níveis de maturidade cobrem processos com propósitos e capacidade com atributos orientados a resultados. Segue a descrição dos níveis do MPS-BR:

    A – Inovação e implantação na organização; análise e resolução de causas.

    B – Desempenho do processo organizacional; gerencia quantitativa do projeto.

    C – Análise de decisão e resolução; gerencia de risco.

    D – Desenvolvimento de requisitos; solução técnica; integração de produto; instalação do produto; liberação do produto; verificação e validação.

    E – Treinamento; avaliação de melhoria do processo organizacional; definição do processo organizacional; adaptação dos processos para a gerência do projeto.

    F – Medição; gerencia de configuração; aquisição; garantia de qualidade.

    G – Gerencia de requisitos e gerencia de projetos.

    O modelo pode ser relacionado com os níveis de maturidade do CMMi com mostra a figura abaixo.

    MPS-Br x CMMi

    Para fomentar o uso do MPS-BR é importante a participação do Governo definindo linhas de financiamento e orientado as empresas estatais a solicitarem certificação das empresas de software em seus editais de contratação após um período de maturação do mercado.

    O processo de certificação das empresas de software é realizado por agentes credenciados da Softex dentro de critérios detalhados descritos no guia de avaliação.

    A adoção de uma metodologia certificada é importante para elevar os níveis de maturidade das empresas e, essencial, para atingir o objetivo de elevar a participação do setor no PIB nacional de 3,5% para 5,3% até 2020. Atingir níveis de maturidade mais elevados significa investimento e compromisso das empresas. A sofisticação dos processos exigirá pessoal qualificado e aumento da estrutura organizacional. O treinamento é parte importante nesse processo.

  • Brasil-ID: Agora o RFID para logística emplaca

    Agora a tecnologia RFID para a área de logística emplaca no Brasil. Em uma iniciativa conjunta o Ministério da Ciência e Tecnologia, Receita Federal, Secretarias de Fazenda estaduais e a Fundação Wernher Von Braun criou-se o Sistema Nacional de Identificação, Rastreamento e Autenticação de Mercadorias (www.brasil-id.org.br). O sistema utiliza a tecnologia RFID (identificação por radiofreqüência) e outras tecnologias de comunicação sem-fio. O sistema permite a identificação e rastreamento de mercadorias a distância. Serão instaladas tags RFID nos produtos ou embalagens no momento do despacho das mercadorias. Através de sensores localizados próximos aos postos de fiscalização serão lidas as informações das mercadorias e transmitidas para o posto. Com isso, antecipadamente os fiscais saberão que um caminhão está chegando com as mercadorias e poderão decidir quais os procedimentos de fiscalização que irão adotar. Para o governo, uma das vantagens é a agilidade nos processos de auditoria e fiscalização de tributos, mercadorias e prestação de serviços. Para as empresas, o projeto deve reduzir os custos e melhorar os processos de produção, armazenagem, distribuição e logística.

    Logística com RFID

    A tecnologia de RFID já está madura e é utilizada em centenas de aplicações há muitos anos. No Brasil, houve várias iniciativas para implantá-la em larga escala na área de logística, porém sempre esbarrava na questão de custos. Como não existiam projetos que gerassem grandes demandas não havia possibilidade de redução de preços por escala. Com esse projeto liderado pelo governo e pela Receita Federal e Secretarias de Fazenda o projeto deve ser implantado em escala nacional com grandes volumes de equipamentos e tags, o que deve gerar uma queda nos custos.

    Essa iniciativa vem a consolida a sofisticação dos instrumentos da Receita Federal de fiscalização baseados em alta tecnologia. Agora não tem jeito, as empresas terão que adotar a tecnologia assim com tiveram que adotar o SPED e a e-NF, só para citar iniciativas do governo mais recentes. Como não tem jeito, as empresas devem encontrar formas de se beneficiar com a tecnologia RFID.