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Tech & Energy Think Tank

Think tank independente com foco em energia, tecnologia e tendências globais. Análises para apoiar decisões estratégicas com visão de impacto.

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Autor: Eduardo Fagundes

  • Energia, refrigeração e espaço físico: potenciais problemas do crescimento do parque de servidores

    O Gartner prevê um crescimento significativo do número de servidores entre 2010 e 2011 no mercado mundial. Houve uma redução de 16,8% do volume de vendas em 2009 por conta da crise financeira internacional, porém as vendas devem se recuperar a taxas de 5,5% de entregas entre 2010 e 2014. Acredito que a taxa de crescimento de servidores no Brasil será maior devido ao crescimento de 5% da economia nos próximos 10 anos e pelos grandes eventos da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016. Isso fará crescer dramaticamente a demanda por processamento das empresas em geral. Também, o aumento do poder aquisitivo das classes C e D está gerando um crescimento nas vendas de PC para uso doméstico, que associado ao crescente uso de Internet de banda larga resultará em mais demanda por processamento dos servidores. Apesar dos servidores estarem consumindo menos energia à necessidade de mais servidores neutraliza a economia do consumo. O uso de mais servidores produzirá um efeito cascata: mais energia, mais refrigeração, mais espaço físico. Os gestores de data centers devem agir rápido para evitar o estrangulamento da infra-estrutura. Por questões de produção de servidores e de equipamentos de infra-estrutura poderá haver escassez de recursos num futuro bem próximo. O fornecimento de energia também poderá ser um problema sério. Não pela falta de produção de energia, mas pela distribuição. O rápido crescimento de determinadas regiões pode não estar sendo acompanhado pela infra-estrutura necessária para a distribuição de energia, pois o processo de instalação de grandes subestações requer altos investimentos e tempo. Imagine um data center sendo construído em uma região já com distribuição precária e com um rápido crescimento imobiliário sem o devido planejamento da infra-estrutura de distribuição. A probabilidade de problemas de energia é muito grande. Mais do que nunca se deve implementar ferramentas de monitoração de energia e ter um plano de capacidade atualizado com previsões de crescimento realistas. Deve-se acelerar os projetos de virtualização de servidores e storage para evitar a aquisição de novos servidores e retardar a necessidade de crescimento da infra-estrutura do data center. Sumarizando, comece a agir já.

  • Os novos data centers

    Os novos data centers serão menores, consumirão menos energia e operarão com custos menores. No passado os data centers eram projetados para crescimento entre 15 e 20 anos. Isso levava a grandes dimensionamentos de ar condicionado, provimento de energia e espaço físico. O novo conceito para projetos de data centers é projetá-los para 5 ou 7 anos. Isso já reduz consideravelmente os custos da infra-estrutura. Para os data centers já em operação o desafio é reduzir os custos operacionais. Isso conseguido com as seguintes ações entre outras: (1) racionalização do hardware; (2) consolidação dos data centers distribuídos; (3) aumentando a temperatura ambiental para 24 graus Celsius; (4) renegociar os atuais contratos de hardware e software; (5) reavaliação da estrutura organizacional; e, (6) adoção da virtualização do processamento e storage.

  • Outsourcing

    O outsourcing é inevitável e cresce nas organizações de TI. Com isso, os gestores de TI devem se concentrar em determinar os níveis de serviços (SLA) e implantar mecanismos de gestão, lembrando que o outsourcing não tira da TI a responsabilidade pelos serviços perante a organização.  A visão de que o outsourcing resolve os problemas de eficiência é mera ilusão sem um bom contrato e sem a implantação de um controle interno rígido. A gestão do outsourcing não se delega. O processo inicia com a definição estratégica do outsourcing. Passa pela elaboração da RFP, a correta implantação com uma eficiente gestão de mudanças e uma gestão interna dos serviços. Essa gestão requer métricas claras e tangíveis de serem medidas.

  • Porque a Google comprou a Global IP Solutions?

    A Google está se preparando para a nova geração da Internet: videoconferência via Internet. A Global IP Solutions (GIPS) possui tecnologias para videoconferência para iPhone e fornece tecnologia para a rival Yahoo!. Essa tendência já pode ser vista com o anúncio da Google TV. Com o uso da tecnologia da GIPS no Android será possível ter videoconferência direto dos smartphones Android e, talvez, faturar com os direitos de uso da tecnologia em outras plataformas. Se essa é tendência do mercado, qual o impacto desse novo serviço para as empresas? Certamente, teremos que projetar nossas redes de comunicação internas para suportar videoconferência e outros serviços que exigem alto tráfego de dados. Isso implica em reforçar a segurança da rede, pois será necessário os acessos de videoconferência com outras empresas em conexões P2P. Será uma boa oportunidade para migrar para o IPv6 que traz vantagens de segurança e desempenho das redes.