Assine a Newsletter no Linkedin

Autor: Eduardo Fagundes

  • O começo do fim dos telefones celulares

    Já passamos pela era dos telefones fixos. Hoje uma boa parte das pessoas utiliza os celulares para todas as ligações pessoais e profissionais. O polêmico WhatsApp, que permite ligações entre celulares via Wi-Fi, já está tirando receita das operadoras de telefonia móvel. Agora com o avanço da Internet gratuita nas ruas das cidades está decretado o fim da telefonia móvel no modelo que conhecemos hoje.

    A cidade de Nova York nos Estados Unidos iniciou a instalação de pontos de Wi-Fi em toda a cidade em totens com propaganda, no lugar dos telefones públicos, os “orelhões”. Isso significa que a cobertura de Wi-Fi será abrangente o suficiente para as pessoas utilizarem a Internet, gratuitamente, e fazer ligações entre celulares sem custo.

    No Brasil, a Anatel tem um projeto para transformar os 300.000 pontos de telefones públicos em hotspots de Internet gratuita. O projeto piloto deve (ou deveria) iniciar no Rio de Janeiro com as Olimpíadas.

    E agora José? Como as operadoras de telefonia, fixa e móvel, ganharão dinheiro para manter suas infraestruturas e as licenças de concessão? Definitivamente, o modelo de negócio das empresas de telecomunicações deve mudar.

  • Avaliação de risco protege investimentos

    linha-de-producao-manufatura

    Será que os investidores do mercado de ações sabiam dos riscos da mineradora Samarco? Quem investe na Vale sabia qual o impacto no valor das ações se acontecesse um problema grave na Samarco?

    A questão é poucas empresas possuem um processo estruturado de análise de risco. Quanto tem, muitas vezes restrições financeiras impedem que a implantação de medidas de mitigação de risco. A Samarco tinha um projeto de instalação de sirenes de alerta a população de Mariana (MG) que estava na gaveta para ser implantado, provavelmente, quanto tivesse recursos financeiros.

    O mais interessante é que as empresas que não possuem uma gestão de risco estruturada pagam mais pelo seguro de seus ativos. Obvio, se a seguradora identifica que existem riscos potenciais e não são tratados o prêmio do seguro deve ser maior. Algumas vezes o investimento em gestão de risco pode ser neutralizado com o valor a menor do seguro.

    A gestão de risco permite o engajamento dos funcionários e a identificação de novos formas de fazer as coisas, abrindo oportunidades para a inovação. Ou seja, gestão de risco não é despesa é investimento.

    As técnicas de gestão de risco são, relativamente, simples e permitem priorizar os investimento com base no fator de risco.

    Ao longo de anos que trabalho em gestão de risco e como professor de pós-graduação na Universidade Mackenzie (SP), cheguei a conclusão que a melhor forma de fazer uma análise de risco (e mais barata) é treinar os funcionários e engajá-los no processo. Em empresas de manufatura essa estratégia funciona através das células de produção, onde os próprios funcionários identificam os riscos e planejam ações de mitigação.

  • Alguém duvida que a inovação é o caminho?

    manufatura-melhoria-continua

    A estabilização econômica do Brasil irá demorar mais do que gostaríamos. Mesmo que o governo encontre uma fórmula eficiente para acelerar o crescimento o mercado internacional está desaquecido. A China, nosso principal parceiro de commodities está desacelerando. A economia nos Estados Unidos vive de solavancos. Em 2016, acontecerá a troca de governo nos Estados Unidos e sabe-se lá qual o rumo que tomará. A Europa, esqueça por enquanto. Vamos deixa-los resolver seus problemas com os refugiados e acertar a economia. Nossos vizinhos da América do Sul irão crescer entre 2-4%, boas oportunidades para algumas empresas, embora não o suficiente para salvar a economia brasileira. Nesse cenário, a melhor alternativa é reduzir custos operacionais e desenvolver novos negócios criativos e sustentáveis.

    Já que… teremos que reduzir custos é melhor fazer isso de forma inteligente, usando inovação sustentável. Ou seja, desenvolver novos processos reduzindo os impactos sociais e ambientais.

    Usar geradores a diesel nos horários de maior tarifa elétrica reduz custos, porém aumenta a emissão de gases do efeito estufa. Melhor contratar energia renovável do mercado livre. Ao invés de cancelar os projetos de infraestrutura do Data Center da empresa, melhor migrar para um Data Center compartilhado. Antes de demitir centenas de funcionários, avalie com a prefeitura da sua cidade uma Parceira Público-Privada (PPP) para absorver o pessoal. Resolve um processo social, melhora a qualidade de vida dos cidadãos e ainda dá para ganhar dinheiro.

    Ou seja, existem várias formas de sair ileso da crise, transformar a empresa para melhor, desenvolver novos negócios, manter o emprego, melhorar a imagem institucional da empresa e ganhar dinheiro.

     

  • Os CEOs no comando dos dados corporativos

    Cada vez mais as ferramentas de análise avançada de dados, agregando dados de diferentes áreas da empresa, têm aumentado o poder dos usuários nas tomadas de decisão. Entretanto, sem pessoas que consigam traduzir em inovação e ações essas informações, as ferramentas são inúteis.

    Engana-se quem pensa que é o CIO (Chief Information Officer) quem deve orquestrar essas informações para os usuários tomarem as decisões. Essa função, cada vez mais, cabe ao CEO (Chief Executive Officer) que deve conhecer os elementos essenciais de análise do negócio para as tomadas de decisão.